Wall Street Jornal dá manchete ao impeachment

O Wall Street Journal, jornal americano e um dos mais importantes do mundo, tem como manchete de primeira página de hoje o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff: "Na luta do impeachment no Brasil, dois líderes manchados se enfrentam. Eduardo Cunha, o parlamentar em busca da votação sobre a presidenta Dilma Rousseff, é indiciado". Os cinco primeiros parágrafos da matéria destacam o envolvimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em crimes (desfalque na Petrobras, corrupção, lavagem de dinheiro). Sobre Dilma, fala de "alegações de uso de manobras contábeis para mascarar deficits":

"Eduardo Cunha, líder da câmara baixa do congresso do Brasil, teve um dia frenético em 15 de dezembro. A polícia federal fez uma batida em sua casa por volta das 6 da manhã procurando evidências de que ele tinha recebido vantagens em um escândalo de desfalque de grandes proporções relativo à companhia estatal de petróleo Petrobras.

Horas depois, ele estava no congresso, impecavelmente vestido em um terno azul, votando para levar adiante seu principal assunto legislativo, uma ação para proceder ao impeachment da presidente brasileira, Dilma Rousseff, por alegações de uso de manobras contábeis para mascarar deficits.

'Eu acordo às 6 da manhã. Minha porta está sempre aberta. Eu não tenho problema com isso', Cunha, um falante ex-radialista, disse a repórteres naquele dia.

Cunha está seguro de que faz história ao levar a votação o impeachment contra a presidenta do Brasil, em votação no plenário, já no domingo. Se aprovado com dois terços, ela encara um julgamento no Senado. Rousseff seria o segundo presidente a sofrer impeachment desde o retorno à democracia de 1985 no Brasil, aprofundando a incerteza política em um país que também enfrenta uma severa contração econômica.

Enquanto tudo isso, a batalha legal própria de Cunha continua. O procurador-geral da República fez denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro contra ele no verão passado, somadas a outras alegações um mês atrás.Autoridades suíças fecharam quatro contas bancárias que elas dizem ser dele. (...)"

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