A Azul e o Ceará
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, empresa que deve começar a operar no ano que vem, apresentou nesta semana sua identidade visual. Sua logomarca é um mapa estilizado do Brasil, no qual cada estado é representado por um polígono colorido — o Ceará é o único pink. A Azul vai operar com aeronaves Embraer 195, com capacidade de 108 a 122 assentos. A empresa apresenta a proposta de fazer ligações aéreas sem escalas, em linhas ainda não operadas pelas atuais companhias. É pura especulação, mas se a companhia fosse ter rotas partindo de Fortaleza, pelo menos quatro destinos caberiam nessa proposta: Manaus, Congonhas (SP), Confins (MG) e Santarém (PA). Esses aeroportos só recebem vôos de Fortaleza com pelo menos uma escala — ou duas, no caso da cidade paraense.
Na lista de vôos que saem de Fortaleza, toda semana 42 vão para Manaus (com uma ou três escalas, numa viagem de até 5h25min), 27 vão para Congonhas (com uma ou três escalas, em viagem de até 6h30min), 21 vão para Confins (com uma ou duas escalas, viagem de até 5h20min), e 21 vão para Santarém (com duas escalas, em viagem de cerca de 4h30min). A questão é saber se os jatos 195 têm autonomia para fazer ligações sem escalas do Ceará ao Amazonas e a São Paulo, cada um a aproximadamente 2.400km de distância. O site da Embraer garante um alcance de 4.000km, mas não diz em que condições (com que carga). Certamente Confins e Santarém, cada qual a cerca de 1.800km de Fortaleza, seriam alcançados pelos possíveis vôos da Azul.
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