Faz frio em Fortaleza

Fortaleza, 19ºC (o "patrocínio" foi acidental)

Há algum tempo, estava no meio da rua, estava morrendo de frio. O termômetro (aqueles relógios publicitárias que dizem a temperatura) informava: 19ºC. Não fazia idéia da temperatura mais baixa já registrada na capital, mas como parecia que eu estava na frente do vento de um ar-condicionado, algo me fez acreditar que estava vivendo algum momento histórico climático. Sem nada mais importante pra fazer, esperei um pouco para ver se o termômetro confirmava. Eis que ele mostra: 18ºC. Quis ter uma máquina fotográfica à mão, mas não tinha

Sexta-feira passada, dia 18, de novo estou morrendo de frio. Mas agora tenho máquina (ou celular que tira fotos bem ruinzinhas). E pude registrar os 19ºC que alguns anos atrás tanto me impressionaram. Não sei quem regula a veracidade do que dizem esses termômetros de rua, mas mesmo que eles estejam desregulados, esses dias Fortaleza pode ter batido ou chegado próximo de sua temperatura mínima recorde, que é de 19,3ºC, registrada em 1971, de acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Um superfilme, um super-herói, um supervilão

Heath Ledger é o Coringa na segunda parte de Batman do diretor Christopher Nolan

Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, EUA, 2008) é mais que uma continuação de Batman Begins (2005), é mais que outro produto da franquia cinematográfica do homem-morcego. Consciente do que esperar de um filme de ação (com toques de policial, drama, mistério e suspense), posso dizer que é um filme excelente. O herói mascarado Batman (Christian Bale) e o tenente James Gordon (Gary Oldman), da polícia de Gotham City, juntam forças com o promotor de justiça da cidade, Harvey Dent (Aaron Eckhart), para pegar um ladrão de bancos psicótico conhecido como Coringa, enquanto outras forças tramam contra eles, e os crimes do Coringa tornam-se cada vez mais mortais.

A volta de Batman às telas, sob a direção de Christopher Nolan nas duas últimas obras, não foi um trabalho menor para o diretor, que soube, sem deixar de lado o humor negro na medida certa e sem gastar o orçamento de 150 milhões de dólares com firulas, resgatar a aura sombria do herói, muitas vezes perdida nas adaptações para o cinema do personagem dos quadrinhos criado em 1939. Sem falar que é difícil conduzir uma história sem se esquecer do que ela é em sua essência: a luta do bem contra o mal — neste caso, a rivalidade entre Batman e Coringa.

Nas duas horas e meia de filme (que poderia ser uns 15 minutos mais curto), o que há de melhor é o Coringa. Se foi um filme mais esperado que seu antecessor, três anos atrás, não se pode negar que a morte de Heath Ledger (de overdose acidental de medicamentos, no início do ano, aos 28, já tendo concluído seu trabalho no filme) fez crescer o interesse (ou a curiosidade) sobre O Cavaleiro das Trevas.

Mas o reconhecimento do trabalho de Ledger na construção e interpretação do vilão não é do tipo que os mortos costumam ter. Nolan já depositava confiança em Ledger antes mesmo de pronto o filme: "Por que Heath Ledger como Coringa? Porque ele não tem medo", disse. Foi um trabalho memorável — estivesse Ledger vivo, seria um desafio para ele ter uma interpretação que superasse o nível de desprendimento que ele demonstrou em seu último trabalho. O ator passou um mês morando num quarto de hotel formulando seu personagem: aspectos psicológicos, postura, voz, etc. Começou a escrever um diário, com o que seriam os pensamentos e sentimentos de Coringa. Estudou quadrinhos antigos, que mostravam mais da alma do vilão.

Michael Caine, o mordomo Alfred, comentou sobre Heath Ledger e seu Coringa: "Jack Nicholson (o Coringa do Batman de 1989) era como uma figura de palhaço, benigna e travessa, talvez um tio velho assassino. Ele poderia ser engraçado e fazer você sorrir. Heath seguiu uma direção completamente diferente da de Jack. Ele era como um psicopata realmente assustador. Ele é um cara amável e seu Coringa vai ser uma tremenda revelação nesse filme". Caine disse isso após ver a atuação de Ledger como o Coringa. O veterano ator inglês ainda não tinha conhecido o jovem colega australiano. A interpretação de Ledger assustou tanto Caine que ele esqueceu sua fala.

Não se sabe se haverá um novo Coringa sem Ledger (incerteza que também existia em relação a um Coringa que não Nicholson). Mas um terceiro Batman pode ser feito. Bale, Caine e Oldman têm contrato para três filmes.

Batman - O Cavaleiro das Trevas
Direção: Christopher Nolan; roteiro: Jonathan Nolan e Christopher Nolan (baseado em argumento de Christopher Nolan e David S. Goyer); personagem Batman criado por Bob Kane; Batman e outros personagens são dos quadrinhos da DC; direção de fotografia: Wally Pfister; edição: Lee Smith; música: Hans Zimmer e James Newton Howard; desenho de produção: Nathan Crowley; produção: Charles Roven, Emma Thomas e Christopher Nolan; companhias produtoras: Warner Bros. Pictures, Legendary Pictures, DC Comics e Syncopy. Duração: 2h32min.
Com: Christian Bale (Bruce Wayne / Batman), Michael Caine (Alfred Pennyworth), Heath Ledger (Coringa), Gary Oldman (Ten. James Gordon), Aaron Eckhart (Harvey Dent / Duas-Caras), Maggie Gyllenhaal (Rachel Dawes) e Morgan Freeman (Lucius Fox).

Mau agouro

Diário do Nordeste, edição de 18 de julho de 2008, sexta-feira.

Página 4, coluna Comunicado, nota Sou da paz...:
"Pelo feito que obteve em seus 131 anos, o distrito de Pitombeira, em Cascavel, deveria constar de todos os estudos sobre prevenção da violência. É que, desde sua fundação, não se registrou lá nenhum crime de morte".

Página 14, editoria de polícia, matéria Execução pode ter ligação com o tráfico:
"Um homem identificado como Luiz Fernandes de Lima, de 19 anos, foi executado com vários tiros na localidade de Pitombeira, município de Cascavel".

Não se aponta aqui um erro de informação, mas a falta de sorte da comunidade que, no mesmo dia em que é lembrada pelo jornal por uma situação exemplar de segurança, acaba tendo que recolher a placa turística "Aqui nunca se registrou um crime de morte". Não se tem notícia se os festejos (missa e show musical) agendados para comemorar o marco de paz foram cancelados.

Dois habeas, duas medidas

"Um juiz de Fortaleza acaba de recusar um habeas corpus para o ladrão que tentou, sem sucesso, roubar o cordão de ouro do ministro Gilmar Mendes [presidente do STF]. O preso, de 18 anos, sem antecedentes criminais e com residência fixa, deve ser mais perigoso para a sociedade do que Nahas, Pittas, Dantas e Cacciolas. Além de bem mais baratinho. E o cordão não era um qualquer. Era o do presidente do Supremo, certo?"
Eliane Catanhêde, colunista da Folha de S.Paulo
Mais informações sobre o caso nesta matéria do jornal O Globo.

Cinema, Cuba, Ceará

O Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficas (Icaic) comemorará 50 anos de fundaçãono no próximo ano. Em texto divulgado pela Agência Cubana de Notícias, o presidente da entidade, Omar González, destaca que entre os festivais de cinema que farão tributos ao Icaic em 2009 está o Cine Ceará.

Um robô que tem e desperta emoções

Wall·E (Waste Allocation Load Lifter-Earth) passa os dias a juntar e compactar lixo.

Num futuro em que a Terra é abandonada após se tornar uma imensa lata de lixo, o que de mais humano há no planeta é um robô, Wall·E. A máquina tem mais humanidade que os terráqueos que fugiram a bordo de uma nave espacial e deixaram equipamentos robóticos limpando a sujeira. Setecentos anos não foram suficientes para ter o trabalho encerrado. E Wall·E era o único robô ainda em funcionamento, um aparelho eletrônico, mas a única coisa que parecia ter um coração em meio a um mundo de silêncio. WALL·E (EUA, 2008) é a animação produzida pelos computadores da Pixar e da Disney (a um custo de 120 milhões de dólares) que, além de ser um filme família (como não poderia ser diferente), dosa comédia na medida certa para contar uma história com nuances de ficção-científica na qual sobra espaço para um envolvente romance nada convencional entre robôs. Talvez haja quem tenha uma lágrima roubada no escuro do cinema...

No distante ano de 2815, um pequeno robô coletor de lixo embarca numa jornada espacial que decidirá o futuro da humanidade — em resumo, esta é a trama do filme. Se podemos chamar de realismo, o filme tem pequenos cuidados que o tornam menos inverossímil. Como um robô do tipo de Wall·E não fala (até porque ele não tem com quem falar), no filme quase não há diálogos, especialmente na primeira metade, e isso nem faz falta. A ausência de palavras só é quebrada quando Wall·E assiste a Alô, Dolly!, musical de 1969 que o robozinho encontra em VHS e gosta de ver para se alegrar (sim, porque este robô tem sentimentos). O filme foi aclamado pela crítica. Muitos o tem colocado na posição de melhor animação de todos os tempos. O filme, que teve lançamento mundial no fim de junho, ainda está em cartaz na cidade.

Uma curiosidade: apesar de Wall·E não trazer a música na edição final exibida nos cinemas, os trailers do filme tinham Aquarela do Brasil como tema. Veja abaixo um dos trailers com a canção brasileira.



WALL·E
Direção: Andrew Stanton; roteiro: Andrew Stanton e Jim Reardon (baseado em argumento de Andrew Stanton e Pete Docter); direção de fotografia e câmera: Jeremy Lasky; direção de fotografia e iluminação: Danielle Feinberg; edição: Stephen Schaffer; música: Thomas Newman; desenho de produção: Ralph Eggleston; produção: Jim Morris; companhias produtoras: Pixar Animation Studios e Walt Disney Pictures. Duração: 1h37min.
Versão brasileira com as vozes de Claudio Galvan (Wall·E), Sylvia Salustti (Eva), Reginaldo Primo (Comandante), Manolo Rey (M-O) e Guilherme Briggs (Auto). Versão original com as vozes de Ben Burtt (Wall·E / M-O), Elissa Knight (Eva), Jeff Garlin (Comandante) e o programa de computador MacInTalk usado para a voz de Auto.
Classificação indicativa: livre.

Fortaleza, terra "exótica"

A empresa americano de cruzeiros Regent anunciou hoje uma série de pacotes de viagens marítimas para o próximo inverno no hemisfério norte, a que chamou "Viagens Exóticas de Inverno" nos releases enviados a meios especializados em turismo. Um dos pacotes é chamado "A Riviera Brasileira": são 18 noites do estado americano da Flórida a Buenos Aires, capital da Argentina, de 26 de janeiro a 13 de fevereiro de 2009. Uma das paradas do cruzeiro promete "celebração gratuita de dança brasileira em Fortaleza". A partir de 9.950 dólares por pessoa.

Patrimônio em Fortaleza

A Patrimônio Empreendimentos, uma das empresas imbiliárias que mais crescem no Brasil, lançará projetos em Fortaleza, informa o site InvestNews. O lançamento deve ocorrer até o fim do ano. O foco da Patrimônio é nos clientes de renda baixa a intermediária, a quem a empresa garante oferecer projetos arquitetônicos de qualidade, com grandes áreas de lazer e localização diferenciada, a que chama de "Conceito Smile". Os imóveis custam em torno de 150.000 a 250.000 reais. O primeiro empreendimento "Smile" entregue, em São Paulo, foi oferecido com financiamento de 25 anos.

Grande Coleção de Leis Inúteis (III)

Caryocar brasiliense, mas pode chamar de pequi

Prepare-se para o dia 11 de janeiro de 2009! Nessa data será comemorado o Dia Estadual do Pequi. A novidade foi disposta pela lei estadual nº 14.165, publicada no Diário Oficinal do Estado de 3 de julho, que estabeleceu a comemoração no segundo domingo de janeiro de cada ano. O autor do projeto que virou lei é o deputado Sineval Roque, para quem o pequi tem "importância social, econômica e cultural".

LEI Nº14.165, de 03 de julho de 2008.
(Autoria: Deputado Sineval Roque)
INSTITUI O DIA ESTADUAL DO PEQUI.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art.1º Fica instituído o segundo domingo de janeiro como o Dia Estadual do Pequi.
Art.2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
PALÁCIO IRACEMA, DO GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, 03 de julho de 2008.
Cid Ferreira Gomes
GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ

O pequi é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, bastante consumido cozido junto com arroz e frango, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, além do norte de Minas Gerais. No Ceará, a produção do pequi se concentra na região do Cariri, onde ficam as principais bases eleitorais de Sineval Roque. Em seu projeto, o deputado tentou convencer seus colegas da importância da proposta com a reprodução da poesia de Patativa do Assaré:

Comi Pequi e Sonhei
Eu onte jantei feijão
Temperado com pequi,
A mais mió refeição
Das que eu como por aqui,
Obrigado Serra Grande,
Que o bom Deus sempre lhe mande
A preciosa bonança,
A milagrosa fartura.
Esta vegetá gordura
Pra gente criar sustança.
Mesmo que seja um pecado
Da gula que os padre diz,
Comi que fiquei quadrado
E sei que um pecado fiz,
Fiquei torado de sede,
Bibi água e fui pra rede
Ia quaje cuchilando
E pro causa da comida,
A mais mió desta vida
Passei a noite sonhando"
...Isto tudo eu vi ali
Onde a passarada intôa,
Só gordura de pequi
Faz sonhar coisa tão boa


Fico com a poesia.

Filme de José Padilha no CE

José Padilha, diretor de Tropa de Elite: próximo filme mostra a pobreza no Ceará

José Padilha é o diretor do premiado Tropa de Elite (Brasil, 2007). Por esse filme, o cineasta brasileiro de 40 anos foi agraciado com o Urso de Ouro (do Festival de Berlim), o prêmio internacional mais importante recebido pela obra. Em seu novo projeto, Garapa, a injustiça é também tema. O novo filme, um documentário em preto-e-branco, retrata a probreza no nordeste do Brasil. Em entrevista à agência de notícias Reuters, Padilha diz que a partir de uma estatística — 10 milhões de brasileiros vivem em situação de insegurança alimentar —, decidiu transformar esse número em um retrato simples e intimista de três famílias do Ceará e sua luta diária para ter comida. O diretor, um produtor, um técnico de som e um fotógrafo acompanharam por 30 dias a rotina das famílias cearenses. Garapa deve estrear neste semestre, fora do país — em maio, Padilha disse à Folha de S.Paulo que queria lançá-lo em setembro, no Festival de Toronto, no Canadá.

Uma blitz, duas ______

Qual o plural de blitz? A palavra, de origem alemã (Blitz = relâmpago), significa "batida policial de improviso e que utiliza grande aparato" ou "conjunto oficial organizado para combater qualquer tipo de infração", nas duas definições dadas pelo dicionário Michaelis. Os dois maiores jornais locais, O Povo e Diário do Nordeste, utilizam o termo "blitze". Há quem use o termo "blitzen", como o jornal O Globo, do Rio de Janeiro. Uma consulta simples ao índice de palavras estrangeiras do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), desfaz a dúvida e diz que as duas formas não estão corretas. Para a ABL, autoridade ortográfica da língua falada no Brasil, a palavra blitz é um substantivo feminino de dois números, ou seja, não se altera quando passa do singular para o plural. Portanto, diz-se: uma blitz, duas blitz, e assim por diante.

Autoanálise

José Hamilton Ribeiro deu entrevista nas Páginas Azuis da edição de hoje do jornal O Povo


O Povo — Como você vê o jornalismo hoje no Brasil?

José Hamilton Ribeiro, jornalista — Acho que o impresso não está num bom momento. O problema é que as empresas se envolveram em negócios fora do jornalismo e se endividaram. Com isso, comprimem no jornalismo, na redação. Não há grandes reportagens. Você não vê isso.

Túnel do tempo

Há exatos 28 anos, em 9 de julho de 1980, o Papa João Paulo II (1920—2005) fazia uma celebração no Estádio Castelão, em Fortaleza. A capital cearense foi uma das treze cidades que o papa percorreu na visita de doze dias ao Brasil. Uma tragédia acabou maculando a data histórica para a cidade: três pessoas morreram pisoteadas num empurra-empurra que se seguiu à abertura dos portões do estádio, aonde centenas de milhares de pessoas foram ver o papa. Esse número de mortos é dado por uma das matérias da Agência Estado distribuídas por ocasião da morte do líder religioso católico, três anos atrás. Já o jornal americano Tulsa World, da cidade de Tulsa, em Oklahoma, que lembrou hoje o episódio, em sua coluna "Way back when: today in history", informa que houve sete mortes.

Coelce e dinheiro

A "cearense" Coelce (companhia de energia do Ceará, do grupo espanhol Endesa) marcou presença no noticiário nacional nesta semana. A empresa anunciou que emitirá R$ 245 milhões em notas promissórias. A intenção é captar recursos para o refinanciamento de dívidas de curto prazo e financiamento do capital de giro, informa o site InvestNews. Já o InfoMoney traz recomendação da corretora SLW, que aponta as ações PNA da Coelce (COCE5) como recomendadas entre ações fora do índice Ibovespa. A SLW recomenda os papéis, entre outras razões, por prever "crescimento acima da média do mercado" para a Coelce, que hoje tem 2,5 milhões de clientes, segunda a Endesa. A cotação da ações Coelce PNA na Bovespa fechou hoje a R$ 18,65, com alta de 0,81%. Por fim, em notícia no jornal O Globo, a companhia foi apontada como uma das oito empresas cujas recusas em indenizar clientes com aparelhos danificados provocaram um estudo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deverá reduzir o prazo para o ressarcimento pelas concessionárias de equipamentos danificados por falha no fornecimento de energia elétrica, dos atuais 170 para 45 dias.

Usinas nucleares e o CE

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, deu entrevista à TV americana Bloomberg, em que disse: "o Brasil vai precisar de parceiros do setor privado, pois não sabemos construir usinas sozinhos". Rezende se referia a usinas nucleares para produção de energia. Segundo a Bloomberg, o ministro afirmou que o Brasil planeja aumentar a extração de urânio no país, para abastecer as usinas nucleares, por meio da entrada de novas empresas no negócio da mineração. A reserva brasileira de urânio chega a 309.000 toneladas, a sexta maior do mundo. A primeira mina de urânio no país a ser explorada por uma empresa privada (a Galvani) fica no Ceará, no município de Santa Quitéria. O urânio cearense (reserva de 80.000 toneladas) será utilizado na usina Angra 3.

Embraer homenageia cearense


O marechal-do-ar Casimiro Montenegro Filho (foto acima) (1904—2000), cearense de Fortaleza, foi homenageado pela Embraer, que batizou com seu nome o Núcleo de Desenvolvimento de Pessoas da empresa, inaugurado no dia 26 de junho, em São José dos Campos (SP). O militar foi idealizador do Correio Aéreo Nacional (CAN), do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA, atual Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). No ano de sua morte, o marechal Montenegro ganhou o título de "Patrono da Engenharia Aeronáutica Brasileira".

Amazing Race em Fortaleza

"The Amazing Race", reality show americano em que duplas de competidores percorrem o mundo na disputa por um prêmio milionário, passou por Fortaleza no fim de abril. É do que dão conta alguns sites de notícias (ou de rumores) sobre a série, exibida nos EUA pelo canal CBS e aqui pelo AXN. A temporada (a 13ª) que mostrará a "corrida fantástica" no Brasil deve estrear por lá no fim de setembro — por aqui demora pelo menos um ano para ser exibida. A passagem do programa por Fortaleza teria sido no Parque da Criança, no Centro, numa prova envolvendo dicas para se descobrir a próxima parada dos competidores. Segundo os rumores, houve ainda outra prova de The Amazing Race no Brasil: em Salvador, numa prova envolvendo rapel no Elevador Lacerda.

Estado falido

Na matéria sobre a situação política, econômica e da segurança do Zimbábue e de outros países africanos, a edição desta semana da revista Veja apresenta um curioso ranking, o de estados falidos. Segundo matéria da revista, estão no topo da lista nações onde fraudes retiram legitimidade de eleições, leis não saem do papel, cidadãos sofrem com má qualidade no serviço público, a violência não pode ser controlada. Essas características ainda estão bem presentes no Brasil, infelizmente. Em que posição ele apareceria no ranking de estados falidos, se levássemos em consideração esses fatores?

Rally dos Sertões


O Rally dos Sertões, que terminou na semana passada, após passar pelo Ceará e outros cinco estados (GO, TO, MA, PI e RN), é mesmo internacional. A edição 2008 da prova teve como grandes vitoriosos, entre os carros, o piloto sul-africano Giniel de Villiers e o navegador alemão Dirk Von Zitzewitz, da equipe Volkswagen Motorsport I. O carro era um Volkswagen modelo Race Touareg 2 (foto acima). A dupla não deixou a liderança em nenhuma etapa do rali.