A Câmara dos Deputados aprovou ontem a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), "a nova CPMF". Foram 259 votos a favor, dois a mais que o necessário para a aprovação, correspondente à metade dos 514 deputados federais. Votaram contra 159 parlamentares. Dois se abstiveram. Deixaram de votar 94 deputados — onde eles estavam num momento tão importante? O projeto segue agora para votação no Senado.
Veja como se posicionaram os deputados federais do Ceará que participaram da votação, por partido:
PMDB — todos (Aníbal Gomes, Eunício Oliveira, Flávio Bezerra, Mauro Benevides, Paulo Henrique Lustosa e Zé Gerardo) votaram a favor;
PP — Eugênio Rabelo votou a favor;
PR — Gorete Pereira votou contra, os demais (Leo Alcântara, Marcelo Teixeira e Vicente Arruda) posicionaram-se a favor;
PSB — todos (Ariosto Holanda e Ciro Gomes) votaram pelo sim;
PSDB — todos (Manoel Salviano e Raimundo Gomes de Matos) votaram pelo não;
PT — todos (Eudes Xavier, José Airton Cirilo e José Guimarães) votaram a favor;
PTB — Arnon Bezerra votou pelo sim.
São dezenoves parlamentares cearenses votantes. Não votaram três: Chico Lopes (PC do B), José Linhares (PP) e Pastor Pedro Ribeiro (PMDB), este recém-empossado após José Pimentel (PT) assumir o Ministério da Previdência Social e que não foi considerado "ausente" pela Câmara. Linhares faltou à sessão. Lopes estava presente, mas não votou. Entre os votantes da bancada do CE, a proporção de "sim", 84%, é maior que o índice entre o total de votantes da Câmara, 61%.
Em setembro do ano passado, na primeira votação da Câmara sobre a prorrogação da CPMF, os deputados federais aprovaram a proposta, que mais tarde seria derrotada. Na sessão, votaram todos os 22 deputados cearenses, 90% deles (20) a favor do projeto do governo. Chico Lopes não deixou de votar, e foi de sim. José Linhares se apresentou para votar a favor da CPMF. José Pimentel ainda era deputado e fez o que se esperava dele: votou sim. De lá para cá, três parlamentares mudaram de idéia sobre o tributo: Gorete Pereira e Manoel Salviano votaram pela CPMF, já Mauro Benevides disse não.
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