A colunista de viagens do site americano de notícias msnbc.com, Anita Dunham-Potter, tratou de um assunto que envolve Fortaleza e os cruzeiros marítimos que aportam na cidade lotados de turistas. Mas a notícia não foi positiva, como entrega o título do texto: Uma cara surpresa — "cara" no sentido de "dispendioso", ressalte-se.
Ela conta a história de Aaron e Shelly Belams, casal americano do estado de Wisconsin, que aproveitaram uma promoção de um cruzeiro de 21 dias de Roma (Itália) a Fort Lauderdale (Estados Unidos) por 2.200 dólares (cerca de 5.100 reais).
O problema foi que, seis semanas antes da viagem, eles receberam a notícia de que, se quisessem embarcar, teriam de providenciar vistos de entrada no Brasil, já que o navio faria uma parada em Fortaleza. Cada um teria de pagar 210 dólares (cerca de 490 reais) pelo documento, ou então desistir da viagem. O custo dos vistos equivaleu a quase 20% do valor do cruzeiro.
"Se soubéssemos que nos custaria tanto para passar umas poucas horas no Brasil, teríamos procurado cruzeiros que não fossem ao país", disse Aaron Belams à coluna de Dunham-Potter. O casal e os demais passageiros do navio passaram nove horas em Fortaleza.
Os turistas mais "econômicos" vão acabar evitando essa paradinha no país tropical para não ter de gastar com as taxas de emissão de documentos. A exigência de visto de cidadãos americanos, política diplomática baseada no princípio da reciprocidade — já que as autoridades americanos exigem o mesmo de nós brasileiros —, pode repercutir negativamente no turismo do Ceará.
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